Surftrip de Pipa a Baía Formosa a bordo de um trailer vintage

Uma surftrip em busca da marola dos sonhos a bordo de uma campervan vintage, digna de um california dreamin’

Acordamos ouvindo o barulho das ondas da Praia da Baía Formosa. Da janela da nossa campervan, uma Karmann Ghia original 1979, estacionada entre os coqueiros, víamos o mar e entrava um vento fresco - eram cinco e meia da manhã. 

Éramos três nessa aventura: eu, Miguel Carbonell, surfista de longboard clássico em Pipa e meu companheiro de ondas Nico Ludovino, que nasceu na Argentina mas fez do Rio Grande do Norte a sua casa, e Rodolfo Maciulaitis, paulista apaixonado por turismo de aventura e pelo nordeste, dono da Pipa Trailers.

Abrimos a porta do trailer, o mar estava na nossa frente. O cheiro de café recém feito nos acompanhava enquanto descíamos os longboards, passávamos parafina, e fazíamos o surfcheck.


pessoa na porta de trailer, em frente a coqueiros - surftrip Pipa Baía Formosa

pessoa com caneca de café dentro do trailer - surftrip Pipa a Baía Formosa

Dia 1 – de Pipa a Baía Formosa em busca da marola dos sonhos

A surftrip tinha começado no dia anterior, na Praia da Pipa. O destino? Acordar diante dos melhores picos de surf do Rio Grande do Norte. 

Saindo de Pipa, nosso plano não era pegar a BR-101, mas ir pelas estradinhas ao longo da praia. Já na saída, deixamos o asfalto para trás e encaramos a estrada de barro. 

mapa do percurso da surftrip de Pipa a Baía Formosa

Dentro da LandRover, que puxou o trailer durante o percurso, tocava Garland, do Dirty Heads. Do lado de fora, não demorou a aparecer o mar, embaixo das falésias perto de Sibaúma. As ondas se chocavam com força contra o paredão rochoso cor de laranja.

Na Barra do Cunhaú, aquele momento de tensão: colocamos a Land e a campervan em cima de uma balsa para cruzar o Rio Curimataú. Deu tudo certo no final. Desembarcamos na outra margem e seguimos para Baía Formosa passando por um coqueiral irado na Mata da Estrela, que é a maior área de preservação de Mata Atlântica do estado. 


imagem aérea do trailer nas falésias - surftrip Pipa Baía Formosa

imagem aérea do trailer em coqueiral - surftrip Pipa Baía Formosa

Chegamos à Baía Formosa. A praia onde nasceu Ítalo Ferreira, medalha de ouro no surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio, é a única baía do Rio Grande do Norte. Tem praia, lagoas, manguezais e dunas: uma paisagem com várias peças que se encaixam perfeitamente. A nossa sensação é que na Baía Formosa tudo se conecta. 

Dia 2 – acordar em frente às ondas

Dormimos na Praia de Baía Formosa, a principal do vilarejo e, no dia seguinte, já acordamos em frente ao pico do surf. As ondas são perfeitas para a prática do longboard clássico, mas também atrai praticantes de outras modalidades. 

Baía Formosa tem um mirante que vale a visita: de lá se consegue ver toda a faixa de areia e o mar com as jangadas de pescador ancoradas.


vista do mar com barcos

Dia 3 - uma trip até a Praia do Sagi, com passeio no manguezal

No dia seguinte, fomos em busca da marola perfeita na Praia do Sagi. E lá conhecemos o Toreba, morador da região que é guia de passeios de barco pelo Rio Sagi.  Cheio de histórias, Toreba vai guiando a canoa de madeira rio acima e nos levou para recantos escondidos no mangue.

“É só alegria”, a frase que o canoeiro repete sempre diz muito sobre as pessoas da região: em Baía Formosa se sente e se compartilha a alegria de viver. 

Land Rover entre as dunas - surftrip Pipa a Baía Formosa

surfista no mar - surftrip Pipa Baía Formosa

pessoas em um barco no manguezal - surftrip Pipa Baía Formosa

imagem aérea dos surfistas no Rio Sagi - surftrip Pipa a Baía Formosa

Depois de muitas ondas surfadas e um enorme feed de fotos na câmera, chegamos ao fim da viagem com a impressão de que ela durou muito mais de três dias. Em Baía Formosa tudo se conecta e a gente ainda sente a vibe das ondas e das pessoas do lugar.

Com certeza voltaremos lá em alguma surftrip. Até mais!


O nosso agradecimento especial ao @marolasnordestinas que nos proporcionou uma trip dos sonhos. Valeu galera!

Fotos por Analice Diniz e Mariano Correa.





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